O governo federal assinou, na segunda-feira (28), novos cortes orçamentários na educação pública nacional. Com isso, a Universidade Federal de Goiás (UFG) será impactada com a perda de R$ 2,4 milhões. Se somados com os R$ 7,4 milhões cortados no orçamento da instituição em junho de 2022, o prejuízo chega a R$ 10,2 milhões. O valor é equivalente a dois meses de funcionamento dos serviços básicos.

A reitora Angelita Pereira de Lima ironiza a tomada de decisão. Isso porque a assinatura do documento foi feita no mesmo horário em que acontecia o segundo jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar.

De acordo com ela, antes mesmo do novo corte de verba a universidade já vinha estudando maneiras de não fechar as portas, uma vez que o primeiro corte feito em 2022 colocou a instituição em situação de acúmulo de dívidas. Os principais serviços afetados são os de infraestrutura do espaço estudantil.

“Nós vamos fazer nossa parte. Precisamos reverter o quanto antes para que tenhamos como pagar nossas contas. Nosso problema é com nossos fornecedores e prestadores de serviços”, avalia.

Além dos cortes que impactam o funcionamento da instituição, a reitora diz que a redução de recursos impede a melhoria das instalações. “Começou a época da chuva, os telhados apresentam problemas e não temos recursos para melhorias”, exemplifica Angelita.

A informação chegou às entidades de todo o Brasil através do comunicado do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do Tesouro Nacional. As universidades federais foram impactadas com R$ 244 milhões no total. O aviso sobre os cortes foi feito 12 dias antes do prazo final para as universidades empenharem suas despesas – decreto de fevereiro de 2022 prevê que o último dia seja 9 de dezembro.

A UFG está na metade do semestre letivo e teme pela funcionalidade até a conclusão, em 2023. “Nós precisamos reverter o quanto antes”, alerta Angelita. Junto à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a reitora ressalta que é fundamental recorrer e manifestar contra o que a instituição chama de ‘golpe’.

O pedido da associação é que as bancadas de reitorias ao redor do Brasil se reúnam às bancadas congressistas para articular o contato com os parlamentares que compõem a bancada no Congresso Nacional de cada estado.

*Com informações de O Popular

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