Nos últimos tempos, tornou-se comum questionar se a TV ainda importa para as campanhas eleitorais. A despeito dessa incerteza, é possível afirmar que as discussões acerca do tempo televisivo que será destinado aos candidatos está em pauta nos bastidores da política.

O cientista social Ricardo Barbosa de Lima avalia que, mesmo diante do acesso facilitado ao eleitorado pelas redes sociais, o tempo de TV ainda é importante para os candidatos. “Propaganda eleitoral na TV é uma peça que contribui imensamente para o funcionamento da engrenagem das disputas eleitorais. As redes sociais contribuem, sim, porém é na TV que é feita a construção da imagem tida pelo eleitor como ‘definitiva’ do candidato”.

Neste contexto, o eleitorado tem visto os candidatos explanando certa preocupação em fazer alianças para aumentar seu tempo de exposição na TV. Inicia-se um grande mercado de composições partidárias e o tempo de televisão transforma-se em moeda de alto valor durante as convenções partidárias.

Os partidos e pré-candidatos renunciam à ética e abdicam de afinidades pragmáticas, identidades ideológicas e, até mesmo, a ficha limpa dos líderes e componentes dos partidos, em prol de maior visibilidade eleitoral durante a campanha.

O cômico, para não dizer deprimente, é que essa corrida só termina quando, lá na frente, passado o período eleitoral, o efeito ‘toma lá dá cá’, que tanto mal tem feito ao Brasil e aos brasileiros, venha à tona.

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