A vereadora Sabrina Garcez apresentou na Câmara Municipal de Goiânia, nesta terça-feira (04), uma moção de repúdio contra a faculdade que impediu alunas de entrar na instituição por estarem com seus filhos. 

Na tribuna da Câmara Municipal, a parlamentar pediu apoio dos colegas para a aprovação do requerimento. “Já passou da hora da sociedade entender que as mulheres podem ocupar outros lugares sociais, como o de estudantes, por exemplo, enquanto trilham a jornada da maternidade”, afirmou Sabrina. 

De acordo com Sabrina, além de impedir a entrada das mães no prédio, ainda foi sugerido que elas colocassem a vida de seus filhos em risco deixando-os sozinhos, do lado de fora da instituição, sem qualquer tipo de segurança, “ato este que deverá ser veementemente repudiado por esta Casa de Leis”. 

Para a vereadora, o tempo em que vivemos exige que a sociedade e suas instituições compreendam, aceitem e apoiem a maternidade. “É preciso que sejam desenvolvidas estruturas para receber as mães, principalmente na ausência de uma rede de apoio”, observa.

Entenda o caso

Isadora Kelwen, estudante do sétimo período de Medicina Veterinária denunciou em suas redes sociais na última quinta-feira (28/4) que foi impedida de entrar na universidade Unigoiás por estar com sua filha de um ano. “A opção que o segurança me deu foi deixar minha filha de fora. É uma palhaçada porque sou mãe e sou aluna. Pago a faculdade porque não é de graça. É difícil ser mãe e aluna ao mesmo tempo porque não tenho direito de entrar na faculdade com minha filha”, declarou indignada em suas redes sociais.

Após a denúncia de Isadora, outras duas estudantes do curso de veterinária alegaram ter vivenciado a mesma situação. O Goiás Notícia tentou contato com a universidade, porém até o fechamento da matéria, não tivemos retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos. 

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