Uma pesquisa apresentada na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27), revelou que até 2050 alguns rios de Goiás podem perder até 67% do volume. Essa perda faria com que os rios tivessem água em curso apenas em períodos chuvosos, chamado rio intermitente.

Os casos mais preocupantes são dos rios Turvo, em Paraúna, rio Piracanjuba, em Orizona, e Rio João Leite, em Goiânia.

A pesquisa analisou a vazão de 81 rios do cerrado, de 1985 até 2022. Com isso, fizeram projeção para o volume das águas até 2050. A média da diminuição observada é de 15,4%, o equivalente a 19,7 mil metros cúbicos por segundo. Essa é uma vazão maior do que a do Rio Mississipi, parte de uma das maiores bacias hidrográficas do mundo.

Em Goiás, foram 21 rios analisados e os dados sobre a vazão foram críticos em alguns municípios. Entre os mais afetados na previsão para 2050 estão o Rio Turvo, que já perdeu 20% do volume e pode perder até 67%, Rio João Leite, que até o momento perdeu 19% e pode perder 56% e o Rio Piracanjuba, que perdeu 18% e pode perder 56%.

A diminuição de volume observada no Rio Paranã, em Flores de Goiás, foi de 34% e a estimativa para 2050 é de 57% de perda.

A estimativa é feita com base em uma metodologia que buscou diferenciar o papel dos drivers, com gráficos que tentam aproximar cenários futuros de situações reais e levam em conta mudanças climáticas e do solo.

*Com informações de O Popular

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