Atraso de salários, más condições de trabalho, assédio moral e superlotação das Unidades de Tratamento Intensivo (UTI1s). Essas são denúncias de profissionais de saúde que trabalham no Hugo (Hospital de Urgência de Goiás Dr. Valdemiro Cruz), em Goiânia.

As acusações, segundo matéria do jornal O Popular, recaem sobre a gestão do Instituto Cem (Centro Hospitalar de Atenção Emergências Médicas, Organização Social de Saúde (OS) que gere o Hugo, desde janeiro deste ano, além das duas empresas contratadas pela OS para gerir serviços médicos das UTIs da unidade.

À reportagem, as denúncias foram negadas pela diretoria do Hugo e pelo Instituto Cem. Eles disseram que as empresas Goiasmed Serviços Médicos LTDA e GSI em Saúde Integrada LTDA estão à frente, respectivamente, pela gestão de uma e de três UTIs no hospital. Contudo, ainda de acordo com a matéria, quem tem os contratos e responde pela gestão de três UTIs é a empresa Semprevida Medicina Intensiva LTDA.

Na última quinta-feira (17), conforme o SindSaúde, o caso foi encaminhado para a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). O Ministério Público de Goiás (MPGO) também investiga as denúncias, para apurar possíveis irregularidades na capacidade técnica da OS para gerir o Hugo, bem como a suspeita de uma suposta contratação com o estado mediante tráfico de influência e documentos falsos.

Más condições de trabalho

“O salário estava atrasado dois meses, mas um mês foi pago, acredito que foi pela pressão do SindSaúde com recurso da própria empresa gestora das UTIs”, afirmou uma das fontes que preferiu não ser identificada.

Além disso, há queixas de “calotes” no repasse do valor dos plantões que não é feito integralmente pelas empresas sempre que há a troca da organização social gestora.

Assédio Moral

Depois que o SindSaúde foi procurado para auxiliar quanto aos pagamentos atrasados, houve alguns casos de assédio moral, relatou profissionais. Após questionar os pagamentos, chegaram até eles que, segundo o Estado, o repasse do pagamento da verba já foi feito, inclusive ao mês de novembro. Entretanto, os salários continuam atrasados.

O que diz o Hugo

O Instituto Cem, que administra o Hugo negou que houvesse casos de assédio moral na unidade, o que chamou de “afirmações inverídicas”. Afirmou também que os pagamentos de setembro foram quitados na última semana e que os de outubro ainda estão “dentro do prazo regular para quitação”.

*Com informações de O Popular

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