Documento feito pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) apontou 18 barragens do estado goiano como críticas. São oito a mais das dez apontadas na última inspeção realizada, em 2020. Porém, de acordo com informação apurada pelo POPULAR, a diferença se deu devido à maior efetividade na vistoria.

São avaliados dois critérios pelos órgãos fiscalizadores. O primeiro diz respeito ao dano potencial associado, que calcula a dimensão de um possível rompimento. A depender do resultado, as escalas consideradas são baixa, média e alta.

O segundo fator é a categoria de risco. Especula o risco segundo as características e condições da barragem em análise, como por exemplo altura, manutenção e estado de conservação no momento de checagem. As escalas também vão de alta a baixa.

Goiás abriga 833 barragens ao longo de seu território, conforme apurado pela ANA. O cadastro da Secretaria do Estado do Meio Ambiente (Semad), no entanto, registrou mais de seis mil. Em todo o país, a estimativa é que tenha mais de 22,6 mil estruturas.

No relatório apresentado, algumas eventualidades têm mais chance de causar danos aos locais, como chuva intensa, extravasor obstruído ou subdimensionado, erosões, assoreamento, ameaça de transbordamento e unidades com dano potencial alto.

A fiscalização e possível desligamento das barragens são ações recentes do Governo do Estado, resultado de avanços na legislação. Após os rompimentos de Mariana (2015) e Brumadinho (2019), iniciou-se o processo de avaliação.

Os casos decorrentes de falhas na operação e manutenção das barragens tiraram a vida de 299 pessoas, sendo 19 na primeira tragédia e 280 na segunda, quatro anos depois.

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* Com informações de O Popular