Segundo dados do Ministério da Saúde, 23 países já confirmaram 333 casos da nova variante da varíola em humanos. Em Goiás, não existem casos suspeitos, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). Porém, o órgão afirma ter seguido orientações do Ministério da Saúde. O Goiás Notícia explica o que é a doença, como ela atua e as formas de prevenção.

A varíola causou grande impacto na saúde pública mundial. Em 1967, a cada ano, cerca de 15 milhões de casos foram notificados e três milhões de mortes ocorriam. A mortalida demédia era de 30% em pessoas não vacinadas. No Brasil foi instituída, em 1966, a Campanha de Erradicação da Varíola. “A notificação mensal de casos diminuiu, e a vigilância ativa da doença permitiu reduzir a ocorrência de casos e notificações, o que aumentava a efetividade dos bloqueios vacinais”, detalha a SES-GO. Em 1971, devido à vacinação, a transmissão no país foi sendo interrompida. A última notificação da doença foi em abril daquele ano. 

Nesse sentido, a SES recomenda calma. “A vacina não é aplicada na rotina da população em geral. Porém, diferente da Covid, existe vacina desenvolvida e tratamentos eficazes contra a doença”, explica a Secretária Estadual de Saúde. Essa também é a recomendação da Superintendência de Vigilância em Saúde de Goiânia. “Goiânia não possui nenhum caso suspeito até o momento”, relata o superintendente de Vigilância em Saúde da capital e médico Yves Mauro Ternes. 

De acordo com o médico infectologista Marcelo Daher, a doença é transmitida apenas ao contato com as feridas. “Tem se estudado a possibilidade de contágio por via respiratória. Mas ainda não está confirmado essa possibilidade”, explica Marcelo Daher. Apesar de não haver casos registrados em Goiás, Daher afirma que há a possibilidade de enfrentarmos outra pandemia como a da Covid-19. 

De acordo com o infectologista, no caso da varíola, há de se considerar que “ganha-se uma preocupação maior, porque a disseminação pode ser maior e mais rápida”, explica o infectologista. Além disso, o especialista ainda explica que tanto poder público, como classe médica devem estar atentas para diagnósticos e tentar barrar a doença. 

Além disso, a Secretaria de Saúde de Goiás faz um alerta para que não haja a associação da doença “como Varíola dos Macacos para que a população não associe a enfermidade diretamente ao animal e o estigmatize, ao ponto de querer eliminá-lo do meio ambiente”.

Leia também: Goiânia ofertará 9 mil testes contra Covid-19, a partir da próxima segunda, 06

Edição: Laila Melo