Após denúncias de praticar propaganda eleitoral antecipada, o Ministério Público Eleitoral proibiu a pré-candidata a prefeita de Senador Canedo, Cristiane Pina de promover eventos no município. Conforme o processo, a pré-candidata organizou cerca de 25 grandes encontros só nos primeiros cinco meses deste ano, com a ajuda do marido, o deputado estadual, Júlio Pina, o que é proibido.

Segundo consta no relatório do MP-GO, durante os eventos da Cristiane Pina, a população presente era induzida a gravar vídeos nas redes sociais com o slogan: “Dias Melhores Virão para Senador Canedo”. A pré-candidata promovia grandes mutirões, de nomes Ação Solidária, Ação Mulher Solidária e Saúde nos Bairros, e eram oferecidos benéficos assistenciais aos cidadãos.

Para o MP-GO, embora Cristiane não tenha pedido voto, a ação praticada por ela constitui franca e deliberadamente exposição do nome dela a eleição.

O Goiás Notícia conversou com o advogado eleitoral, Thiago Moraes, que falou sobre propaganda eleitoral antecipada. Ele explicou que, caso a pré-candidata ganhe a eleição para prefeita de Senador Canedo, ela terá problemas jurídicos.

“Tem sério risco. Inclusive, já aconteceu em outras situações quando ocorre o abuso do poder, campanha antecipada e utilização de servições sociais com intuito de pedir votos”, pontua.

Neste ano, a propaganda eleitoral permitida pode ser divulgada a partir do dia 16 de agosto.

“Essa data tem seu motivo, ao passo que até esse momento são feitos os procedimentos de escolha e registro de candidatos. Dessa forma, o legislador optou por permitir a propaganda eleitoral exclusivamente após não faltar mais candidato a ser registrado”, afirma Moraes.

O Ministério Público Eleitoral deu até 48h para que a pré-candidata Cristiane Pina retire 25 propagandas das redes sociais que foram consideradas inapropriadas. Além disso, ela está proibida de realizar eventos sociais e filantrópicos em Senador Canedo até o fim das eleições 2024. Caso haja o descumprimento de qualquer uma dessas ações, Cristiane Pina terá que pagar uma multa no valor de R$ 200 mil.