Morreu, na manhã desta segunda-feira (3) o jornalista Fleurymar de Souza, aos 75 anos, em Goiânia. Um dos grandes nomes do jornalismo goiano, ele estava internado há alguns dias no Hospital Jardim América. Ainda não há informações sobre a causa da morte, velório e sepultamento. 

Fleurymar foi editor de Internacional do Jornal O Popular e aqui também atuou como repórter de editor de Política na década de 1970. “Ele era um guerreiro do jornalismo goiano. Um democrata na verdadeira acepção da palavra, um cidadão de coração gigante. No governo de Irapuan Costa Junior fizemos dobradinha no jornalismo político de Goiás, especialmente nas campanhas de Otávio Lage e Ary Valadão, em 1982, ele no O Popular e eu no Diário da Manhã”, recorda o amigo e também jornalista Ivan Mendonça. 

Ainda no primeiro governo de Iris Rezende como governador, em 1983, fez a cobertura das Diretas Já. Fleurymar também passou pelos jornais Opção e Diário da Manhã, onde participou da primeira equipe. Lá ele ocupou as funções de redator, subeditor e editor de política. No governo de Henrique Santillo, como assessor de imprensa, estimulou e defendeu a criação do Estado do Tocantins. Durante o governo de Marconi Perillo, fundou o jornal Ponto de Vista, que era semanal e foi editado por ele durante 12 anos. 

Durante toda a carreira, ele foi assessor de vários órgãos como a Secretaria Estadual de Comunicação, Tribunal de Contas dos Municípios, Secretaria da Fazenda, Celg e a extinta Transurb. Além de assessor do ex-governador Henrique Santillo (1987-1991), foi titular da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Goiânia durante a gestão de Joaquim Roriz (1987).

O jornalista também atuou como editor e articulista do Jornal O Hoje, onde compartilhava artigos de opinião. Recentemente, morando na própria chácara em Aparecida de Goiânia, escreveu a biografia do ex-deputado Eurico Brabosa, com quem trabalhou na presidência do Tribunal de Contas do Estado (TCE). 

“Fora do ambiente de redação, Fleurymar era muito respeitado por seus colegas. Era um profissional ético e suas análises políticas tinham um DNA do jornalismo investigativo. Foi uma das maiores vítimas da era digital e gostava de falar mal das redes sociais. Era um homem culto, brincalhão e tinha uma facilidade em conquistar suas fontes por ser afável e estimado por todos os colegas de profissão. Deixou um grande legado, uma grande contribuição para o jornalismo goiano. Foi um grande exemplo e é uma grande perda”, completa Ivan Mendonça. 

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*com informações de O Popular