Um médico foi afastado na quarta-feira (24) do Hospital Municipal de Niquelância, norte de Goiás, depois de ser denunciado por violência obstétrica. O bebê, que nasceu prematura, morreu após o parto.

Em rede social, a paciente disse que o profissional empurrou as pernas do bebê para dentro da barriga novamente com a intenção de que ela fosse transferida de hospital enquanto paria. A Secretaria Municipal de Saúde disse que está investigando o caso.

Américo Lúcio Neto não é servidor público, mas tem contrato com a prefeitura desde 2016 para fazer atendimentos como ginecologista e obstetra. A defesa do obstetra disse não ter acesso à documentação do procedimento para que ele possa se defender.

“O que ele nos passou é que ela chegou ao hospital e, por falta de outros profissionais, foi transferida para outro hospital. Ele a acompanhou na ambulância junto com uma enfermeira. Foi outra equipe que fez o parto”, disse o advogado Luiz Gustavo Barreira Muglia.

No dia 12 de agosto, a grávida participava da Romaria do Muquém e começou a passar mal. Ela foi atendida por uma equipe do distrito. Os médicos sugeriram que ela fosse de ambulância até o hospital, mas a mulher preferiu ir em carro próprio, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Ela entrou em trabalho de parto e foi para o hospital municipal, onde foi atendida imediatamente. A manobra relatada pela paciente, de empurrar as pernas do bebê, teria comprimido o cordão umbilical e dificultado a oxigenação da criança.

A mulher foi levada para um hospital em Uruaçu, onde deu à luz. A criança chegou a ficar internada, mas morreu horas depois.

O advogado disse que, depois da repercussão outras pessoas fizeram denúncias informais contra o médico sobre problemas em atendimentos feitos por ele.

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* Com informações de g1