Centenas de manifestantes fizeram um protesto neste sábado, 05 de fevereiro, em frente ao quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, onde o congolês Moïse Kabagambe foi morto. O ato reuniu familiares de Moïse e dezenas de entidades defensoras da causa negra e dos direitos humanos, além de organizações políticas diversas.

Yvonne Lay, mãe do congolês Moïse Kabagambe, morto no Quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca, e Djodjo Baraka, irmão, se reúnem com membros da Comissão de Direitos Humanos da Alerj
Yvonne Lay, mãe do congolês Moïse Kabagambe, e Djodjo Baraka, irmão – Fernando Frazão/Agência Brasil

A mãe de Moïse, a congolesa Ivana Lay, discursou rapidamente, em cima do carro de som, e pediu justiça: “Queremos justiça para o Moïse, até o final”.

Para o babalorixá Ivanir dos Santos, representante da Articulação das Populações Marginalizadas, a violência contra os negros é centenária no Brasil: “A nossa luta não começou agora. Esse é mais um passo na busca pelos nossos direitos.”

No início da manifestação, um pequeno grupo tentou depredar o quiosque, mas foi prontamente reprimido com palavras pelos organizadores do protesto.

A prefeitura do Rio anunciou que os dois quiosques que foram “palco” para o assassinato de Moïse, na noite de 24 de janeiro, serão transformados em memorial ao jovem congolês, com a possibilidade de ser administrado pela sua família.

Após a concentração do ato, em frente ao quiosque, os manifestantes seguiram em passeata, pela Avenida Lúcio Costa, na orla da praia.

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