Um homem foi preso suspeito de vometer feminicídio contra uma mulher em Aparecida de Goiânia. De acordo com a polícia, a suspeita é que Pedro Henrique Borges, investigado pelo crime de assassinato contra Sarah Nunes Pereira, de 23 anos, tenha forjado que ela tinha se matado.

A prisão temporária aconteceu na quarta-feira (23), na cidade de Minaçu. A defesa de Pedro Henrique afirma que ele foi preso de forma injusta e alega que o pedido de prisão foi baseado em uma “perícia pré-definida que não apontou se o caso foi suicídio ou homicídio”.

“O caso envolvendo Pedro está na fase de inquérito inicial. Ele sempre se colocou a disposição da investigação. O Pedro não pode ficar preso até que se apure os fatos”, disse Rodrigo Faustino. 

A delegada Bruna Coelho explicou que o caso aconteceu no dia 23 de setembro, quando o homem acionou o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar informando que teria chegado em casa, após sair para comprar um refrigerante, e encontrado sua mulher morta e pendurada pelo pescoço no alpendre da residência. 

No entanto, ao longo das investigações, a polícia explica que foram encontradas inconsistências entre a versão apontada pelo homem e os indícios apurados.

“Recebemos o caso como suicídio, mas o caso tinha muitas controvérsias e o laudo da perícia concluiu não ter sido suicídio”, explicou.

“Tudo é uma versão dele muito diferente do que aconteceu”, complementou. 

Segundo a delegada, entre as inconsistências nas versões, que mostraram que o caso não se tratava de suicídio, estão: 

  • Apesar de o homem ter dito que havia encontrado o corpo ao chegar em casa, a polícia explica que ele não chegou a sair do local em nenhum momento próximo ao horário do crime. A delegada diz que o homem saiu para colocar o carro na porta de casa e voltou, “simulando a chegada em casa, como se ele tivesse saído”;
  • A polícia diz que, segundo o laudo, não havia como a vítima subir para se pendurar na corda, uma vez que não tinham móveis próximos ao local; 
  • Foram descobertos sinais de briga no local. 

Ainda de acordo com a polícia, a vítima tinha descoberto que o homem tinha uma amante cerca de um mês antes do crime e o casal chegou a ficar separado por 15 dias antes de retomarem a relação.

“No dia do fato, minutos antes dela supostamente se mantar, ela descobriu que ele e a amante estavam conversando por aplicativo e mandou uma mensagem para ela dizendo ‘deixa meu marido em paz'”, disse a delegada. 

Além disso, no dia do fato, a polícia diz que o homem havia deixado a filha de quatro anos do casal com a avó.

*Com informações de g1

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