A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) teve seu nome incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, destaca coluna da jornalista Andréia Sadi, do g1. O pedido foi feito pela Polícia Federal, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de o nome de Zambelli ainda não constar no site da organização internacional até o momento, a publicação deve ocorrer em breve.

A inclusão ocorre após a parlamentar deixar o país dias depois de ser condenada a dez anos de prisão. A decisão judicial se refere à invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e à falsificação de documentos públicos. Entre os registros fraudulentos inseridos no Banco Nacional de Mandados de Prisão estava um mandado de prisão falso contra o próprio Moraes.

Segundo a reportagem, Zambelli atravessou a fronteira com a Argentina antes de seguir rumo aos Estados Unidos. Sua presença na Flórida foi confirmada na manhã da última quarta-feira (4) por sua assessoria de imprensa. No mesmo dia, Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a prisão preventiva da deputada, com base nos fatos já julgados e na evasão do território nacional.

Por meio de nota, Zambelli criticou a decisão do ministro do STF, alegando que foi tomada de forma individual. “Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis. O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias. Essa perseguição política está apenas começando a ser exposta”, afirmou a parlamentar.