O Goiás Notícia recebeu imagens com exclusividade do aterro sanitário particular da CTR Metropolitana Serviços Ambientais, que apontam supostas falhas na distribuição do chorume no local.

Um engenheiro ambiental analisou vídeos e fotos e observou supostas irregularidades. O especialista, que prefere não ter a identidade revelada, aponta que o lixo depositado no maciço está com a drenagem do chorume voltado para a vala, escorrendo pelos taludes.

“Isso não seria um problema se essa vala permitisse a percolação pelos drenos, ou ao menos fizesse o trabalho da contenção, mas não é isso que acontece”, afirma.

Fiscais da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Polícia Civil (PC) visitaram o córrego Santo Antônio e constataram o problema do chorume no afluente do ribeirão. De acordo com a pasta, o problema foi resolvido, mas uma perícia deve esclarecer possível dano ambiental.

O especialista frisou que há a preocupação do chorume contaminar o solo no aterro. “Ao chegar na cacimba, aparentemente esse chorume está retido, porém ainda assim causando uma potencial contaminação do solo da região e o lençol freático, pela percolação”.

Para o engenheiro ambiental, tudo indica que por conta da denúncia o controle da vazão não ficou mais nas lagoas e sim no próprio ponto de deposição do resíduo do aterro.

“Parece ser uma solução irregular para a contenção do chorume… Pelo menos é de menor gravidade já que estão confinando o problema na área, mas ainda é irregular e crime”, conclui.

Relembre o caso

No ultimo dia 13, o líquido, proveniente do lixo, chegou até o córrego Santo Antônio. Moradores do Setor Vale do Sol, em Aparecida de Goiânia, denunciaram que o caso é antigo e ocorre há pelo menos três anos. Segundo a população, peixes estão morrendo por conta da poluição do chorume. Além disso, a grande quantidade do líquido escorre para ruas e lotes próximos ao córrego, causando desconforto e mau cheiro na região.

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