A polêmica envolvendo os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e Silvye Alves (União Brasil-GO) ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira (5). Após embates nas redes sociais, a deputada publicou na tarde de hoje uma solicitação de escolta policial para ela e sua família, a pedido do líder do UB na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento, depois da parlamentar receber ameaças de morte.

“Solicito a Vossa Excelência que se adotem as medidas necessárias que garantam a sua proteção policial, e da sua família, 24 horas por dia até o término das ameaças e a consequente punição dos envolvidos”, diz um trecho do documento direcionado ao Presidente Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

Entenda o caso

Na semana passada, Gayer usou as redes sociais para criticar os deputados goianos que votaram a favor da Medida Provisória (MP) do governo Lula, entre os nomes, o de Silvye foi citado. Ele acusa os colegas a se aliarem ao Partido dos Trabalhadores. Na publicação, o deputado chegou a afirmar que eles “se renderam ao PT”. Silvye, então, o repreendeu.

Nesta última sexta-feira (2), Silvye postou um vídeo em suas redes sociais sobre o conflito. Na publicação, ela revela que “não tem sido fácil” e aproveitou para explicar seus motivos de ter votado na Medida Provisória (MP) da Esplanada.

“O Bolsonaro, que foi meu candidato, deixou 23 ministérios. O governo atual desmembrou esses 23 para 37, porém não aumentou 1 real de gasto público. São pessoas que foram remanejadas. Minha pauta por exemplo, mulheres, autistas, esporte, como eu ia votar para acabar com o Ministério das Mulheres?”, questionou.

Ainda no vídeo, a deputada fez críticas a Gayer. “Fala que é honesto, mas recebe auxílio moradia. Fala que não usa dinheiro público, mas gasta R$ 15 mil da sua verba de gabinete para bancar suas redes sociais. Fala que é honesto, mas contratou uma empresa que funciona no mesmo endereço do jovem filho, era anti-Caiado e agora o ama. O senhor precisa medir suas consequências. Vou levar ao Conselho de Ética”, disparou.

No comentário, Silvye afirma que não precisa de dinheiro da política, e que Gayer “vive de falácia com pedidos de vídeos na Tribuna para engajar nas redes”.

“Eu não sou PT e não gosto do partido, mas acabar com o Ministério das mulheres, dos esportes, num país do quinto mundo onde mais se mata mulheres e sequela vítimas pela violência, vai contra o que defendo”, dispara a deputada.

Em seguida, ela cobra para que Gayer pare de atacar e que faça algo pelo estado e pelo país. “Aprendeu a ser moleque de internet e fazer discursos anti-PT, sem antes saber o quanto o povo pobre do seu estado será afetado. Você tem sua legião, mas é a escória vergonhosa de quem realmente conhece política pública”, disse.

Matou pessoas

Em um outro momento, Silvye ainda acusou Gayer de ter matado duas pessoas e deixado outra paralítica em um acidente que ele estaria bêbado. “Não tem escrúpulos. Cinco meses depois de matar duas pessoas e deixar outra paralítica, invadiu com o carro um ponto de ônibus, bêbado novamente”, afirmou.

*com informações de Jornal Opção