O Brasil tem registrado um aumento no número de covid-19 nas últimas semanas. Uma nova subvariante da doença tem atingido a Europa, China, Estados Unidos e, recentemente, chegou ao país. A nova cepa é a BQ1, variante da Ômicron.

Segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o primeiro caso da subvariante foi encontrada em 20 de outubro, no Amazonas. Além do estado amazonense, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul também já registraram casos da nova cepa. Nesta terça-feira (8), a Secretaria de Estado da Saúde de SP confirmou a primeira morte de uma mulher, de 72 anos, infectada pela subvariante.

Para o médico infectologista, Marcelo Daher, assim como as outras variantes que se espalharam pelo país, é que questão de tempo para a BQ1 chegar em Goiás. “A doença se comporta como a ômicron, com grandes casos de diagnósticos, mas sem muita gravidade. Acredito que teremos por aqui um novo pico do vírus em janeiro ou fevereiro”, alerta.

Conforme as secretarias estaduais de Saúde, quase 80% da população brasileira recebeu duas doses da vacina contra a covid-19, mas menos de 50% foram imunizados com uma ou duas doses de reforço. Para Marcelo Daher, a recomendação é que as pessoas coloquem o cartão de vacina em dia.

“A vacina diminui a gravidade da doença. Então é importante a imunização, principalmente para os idosos, pessoas com comorbidade, além das crianças. É preciso fazer o reforço das doses, evitar aglomerações e sempre usar máscara em ambientes fechados”, salienta o infectologista.

A aposentada Maria Gorett da Silva, de 70 anos, tomou todas as doses da covid, mesmo assim contraiu a doença no mês de setembro. Ela contou que chegou a procurar atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Residencial Itaipú, em Goiânia.

“Por mais que meus sintomas foram leves, senti a necessidade de ir na UPA, pois tenho problemas de pulmão. O médico me receitou alguns remédios e me curei em casa”, afirma.

A superintendente de Vigilância de Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim chama atenção para os adultos que tomaram a primeira e segunda dose, não voltaram para tomar a terceira dose do imunizante. “Estudos mostram que essa terceira dose é importante para manter os altos níveis de proteção, mesmo com as variantes ou subvariantes novas surgindo, mesmo com o escape dessa variante para a infecção, a vacina ainda consegue proteger das formas graves”, esclarece.

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