A médica goiana Camila de Ávila (29), que luta contra uma Leucemia Linfocítica Aguda (LLA), tipo de linfócitos B, desde dezembro de 2021, ainda enfrenta a difícil busca por um doador de medula óssea. Mãe solo de um menino de (9), a jovem não tem tido sucesso nas sessões de quimioterapia que iniciou no final do ano passado. 

O diagnóstico veio quando Camila fez uma bateria de exames por causa de uma dor de garganta que não cedia nem com o uso de antibióticos e analgésicos. “Eu já não estava mais conseguindo comer nem beber água, então achei que deveria internar e fazer exames porque percebi que não era uma infecção de garganta simples. Além da dor tinha muita febre e comecei a ter uma alergia no corpo”, conta. 

Mesmo fazendo o tratamento indicado, o que inclui quatro sessões de quimioterapia, os resultados não foram positivos. Neste momento, a médica teve que lidar com a realidade de precisar de um transplante de medula. 

Enfrentando a doença 

Apesar da serenidade com que enfrenta a doença, a notícia não deixou de ser um balde de água fria nas expectativas de cura da jovem. “Foi uma notícia muito desafiadora para mim, eu tinha muito medo, porque sei que a quimioterapia pré transplante e o pós-transplante são muito mais agressivos que qualquer quimio que eu fiz”, diz. 

No início de agosto, Camila foi incluída no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme), dando início à busca por um doador, já que nenhum familiar foi compatível com o seu perfil. Atualmente, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) conta com mais de 5,5 milhões de pessoas cadastradas.

Busca por um doador de medula Em suas redes, Camila divulga o pedido de medula e espera aumentar a adesão de jovens que podem salvar a vida de outras pessoas com a doação e tentar acabar com os mitos que envolvem o ato. Em casa, os dois irmãos mais jovens, que só possuem 50% de compatibilidade com a irmã, já estão incluídos no registro. 

“O que eu acho incrível é que a doação de medula, diferente da doação de órgãos, é a oportunidade que você tem de salvar uma vida estando vivo. Hoje muitas pessoas esperam por um doador e ficam nessa espera fazendo quimioterapia e sofrendo com a doença porque não tem chances nem compatibilidade com ninguém da família”, lembra Camila. 

Para ser doador, basta se cadastrar no Redome, no Hemocentro mais próximo de você. No local, será feita uma coleta simples de sangue para realização do teste de compatibilidade. Ao entrar no Redome, os dados do doador ficarão disponíveis para todo o Brasil. Se for verificada compatibilidade com algum dos pacientes que aguardam pelo transplante, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação. 

“Muitas outras pessoas com outros tipos de câncer, além da leucemia, podem se beneficiar de uma nova medula. Não espere acontecer perto de você para ser um doador. Quanto antes se cadastrar, maiores as chances de quem precisa encontrar um doador”, ressalta. 

Quem pode doar 

Para se tornar um doador de medula óssea é necessário: 

  • Ter entre 18 e 35 anos de idade;
  • Estar em bom estado geral de saúde;
  • Não ter doença infecciosa ou incapacitante;
  • Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. 

Onde doar? 

No Hemocentro de Goiás, que fica em Goiânia, na Av. Anhanguera, nº 5195 – Setor Coimbra. Telefone (62) 3231- 7900

Mais informações: Site do Redome

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*com informações de O Popular