Benjamin Araújo, de 53 anos, preso suspeito de matar sua ex-companheira, já havia sido detido em flagrante por agressão à Joicemeire em 2020 também em Itapirapuã, mesma cidade em que foi encontrada morta consegue filho.

Na época, Joicemeire tinha 39 anos e conseguiu uma medida protetiva contra o agressor. Ela e o filho, João Vitor Conde, foram encontrados mortos no domingo, 7 de agosto.

A polícia apurou que a morte dos dois aconteceu no dia 31 de julho. No dia, Joicemeire e João Vitor estavam na companhia do suspeito.

“Testemunhas confirmaram que eles passaram o domingo juntos [dia do crime] e beberam. Houve discussão e brincadeiras de mau gosto entre os dois, que se agravou e ele teria agredido as vítimas na casa dele”, esclareceu o delegado Gustavo Barreto.

Em 25 de outubro de 2020, Joicemeire procurou a Polícia Militar para denunciar agressão por parte de Benjamin. No dia, ela contou que ele saiu por volta de 9h para comprar lanche e voltou com uma caixa de cerveja. Ela disse à polícia que questionou a ele se “não estava muito cedo para beber”, e então começaram as agressões.

“Ele começou a desferir xingamentos do tipo ‘puta, vagabunda, você não fale nada’, disse que o lanche comprado era para ele e começou a agredi-la com socos, murros, a jogou na parede e puxou os braços dela, ocasionando lesões”, narrou o boletim de ocorrência.

Após este episódio, a Polícia Militar informou que levou a mulher em um hospital para a realização de exames e, em seguida, foi até a casa do suspeito, onde conseguiu prendê-lo em flagrante.

Depois da prisão, foi decretado uma fiança de pouco mais de R$ 2 mil, mas Benjamin não pagou. Apesar disso, o homem teve a liberdade provisória sem fiança concedida no dia seguinte após passar por audiência de custódia.

Na audiência, o juiz definiu medidas protetivas para Joicemeire. No documento, Benjamin ficou proibido de se aproximar de Joicemeire, mantendo distância mínima de 200 metros da casa dela ou qualquer lugar, público ou particular, onde ela estivesse; de manter contato com ela ou seus familiares por qualquer meio de comunicação existente; de frequentar lugares públicos ou particulares normalmente frequentados por Joicemeire.

Durante depoimento à polícia, na época, ele negou ter agredido e xingado a mulher.

Em 4 de novembro do mesmo ano, a Polícia Civil indiciou Benjamin pela agressão contra Joicimeire, confirmada em relatório médico.

Segundo ele mesmo informou à polícia, ele já tinha sido condenado a mais de 10 anos de prisão por estupro e, na época da agressão, informou que estava cumprindo pena.

No dia 26 de fevereiro de 2021, Benjamin foi denunciado pelo Ministério Público pela agressão contra a mulher. Segundo apurado pelo MP, o denunciado e a vítima, na epoca, mantinham um relacionamento de mais de um ano e não era a primeira vez que ele a agredia fisicamente.

Em 11 de março do mesmo ano, a Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público e, como o réu não tinha advogado, foi nomeado um defensor público para o caso dele.

Uma audiência de instrução e julgamento está marcada para o dia 19 de agosto de

2022, por meio de videoconferência, quando deverão ser inquiridas as testemunhas de acusação e defesa e interrogado o réu.

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* Com informações de G1