Mulher recebe socorro após aplicar supercola no olho
A comerciante Regina Amorim, de 55 anos, precisou pedir socorro ao confundiu supercola com colírio e colou as pálpebras do olho esquerdo com uma gota que foi pingada diretamente no olho. Ela havia pedido ao namorado para pegar um frasco de colírio na geladeira, mas, como ela estava sem óculos, não percebeu que a embalagem entregue era diferente. O caso ocorreu na noite da terça-feira, 21 de setembro, em Cachoeiro de Itapemirim (ES).
“Fechou o olho total. Porque agarrou os cílios, na hora que bateu eu fechei o olho. Nisso que eu fechei, pregou tudo” lembrou Regina, “Quando pingou foi uma dor terrível. Ele quase ficou mal por causa disso”, relatou.
Regina conta que normalmente aplica porções maiores quando ela mesma aplica colírio no olho, mas dessa vez, quem fez a aplicação foi o namorado. “Ainda bem que foi ele”, conta. Após a gota fazer contato, ela relata a sensação de queimadura intensa e que chegou a pensar que o olho poderia “explodir”. A mulher chegou a tentar aplicar água morna antes do casal buscar socorro. O atendimento médico foi feito num hospital generalista do município. No entanto, sem médico especialista, a equipe de plantão utilizou soro e algodão para tentar diminuir a dor da paciente. Sem sucesso.
“Quando produtos químicos como a supercola, ou mesmo álcool em gel, o que tem sido bastante frequente, cai na região dos olhos, pode acontecer o acometimento da pálpebra como queimaduras químicas”, explica a oftalmologista Liana Tito. Ela complementa que outras regiões dos olhos podem ser afetadas, como a córnea e a conjuntiva.
Regina voltou para casa na madrugada de ontem, mas não conseguia dormir, pois a dor e a lesão se tornaram mais intensas. “Foi difícil. Lágrima descendo a noite toda”. Pela manhã, foi a um consultório oftalmológico, onde teve as pálpebras descoladas, além da retirada dos vestígios do material químico em seu olho com tesoura e pinça. Agora, ela segue os cuidados passando pomadas e colírio, antes de novas consultas de avaliação das lesões.
“A situação minha tá horrível. Fico dentro do quarto, tento ficar com os dois olhos fechados. Mas isso serve de alerta para muitos. Medicamentos e supercola são coisas que não devemos misturar. Só eu sei o que estou passando”.
A oftalmologista Liana Tito alerta que acidentes envolvendo produtos em contato com os olhos são comuns com adultos e crianças, por isso, recomenda sempre observar a forma correta de manipulação e o armazenamento fora do alcance das crianças. Ela detalhou o perigo da supercola.
“A cola aderida na região dos cílios pode formar uma crosta, que vai atritando na córnea provocando lesões extensas. Se por algum motivo essas lesões evoluírem, provocam úlceras bacterianas e aí passam a ser lesões com riscos iminentes de perfuração e cegueira”.
Ao ter contato com produtos que agridem os olhos, a médica orienta que primeiro você deve lavar os olhos com água corrente de forma abundante. Em seguida, deve-se buscar a emergência oftalmológica mais próxima no menor tempo possível.
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*Com informações de UOL